O vazio sanitário é uma medida que visa interromper o ciclo de pragas e doenças em diferentes culturas, tais como ocorre com soja e algodão. Esta medida prevê um período variável conforme o ciclo da praga ou doença, sem a presença de cultura e possíveis hospedeiros. Estas medidas são tomadas em alguns estados da federação para pragas e doenças mais agressivas de algumas culturas, conforme órgãos de defesa estaduais e/ou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Para conversar disso precisamos entender como funciona a condição de ocorrência de pragas e doenças.
Quando pensamos em doenças e pragas, precisamos saber qual o ciclo da doença, entender quais são os hospedeiros, qual o organismo que causa a doença ou praga (fungo, vírus, bactéria, tipo de inseto), se necessita vetor, e quais as condições ambientais que favorecem (temperatura, umidade, chuva) (Figura 1).
Figura 1. Triângulo epidemiologico de praga e doença.
Todas as condições devem ser permitir com que um dos vértices do ciclo não ocorra, para que então o dano causado pela doença ou praga não aconteça. Estas estratégias precisam ser utilizadas em uma área maior, de modo a reduzir o inóculo ou praga na safra seguinte, utilizado para tanto o vazio sanitário no Brasil.
Diferente de outros países do mundo que o clima atua de modo a não possibilitar a condição de ocorrência de hospedeiros, devido a invernos mais rigorosos. No Brasil, o clima na maioria dos anos e locais possibilita as plantas ao longo do ano todo praticamente.
Assim, no vazio sanitário, visa suspender o hospedeiro em um período estipulado conforme a praga ou doença que se deseja controlar, sendo que dessa maneira o ciclo é interrompido e o inóculo inicial é reduzido. Esta condição, é gerenciada pelo MAPA em parceria com entidades de cada Estado, a fim de que os prejuízos causados sejam menores.
Com o vazio sanitário, algumas regiões reduziram o número de pulverização, e consequentemente diminuíram o custo de produção e danos causados pela doença (SOARES et al. 2009).
Dessa forma, ao retornar com a cultura, a condição inicial da praga ou doença é menor, e por meio de medidas de controle, o seu crescimento e dano podem ser minimizados. Ao longo da safra, com o monitoramento das condições climáticas, é possível saber como está o risco para ocorrência de pragas e doenças.
Sendo que tudo isso pode ser monitorado com dados meteorológicos e de forma simples e prática com as soluções Logar, entre em contato para saber mais.
SOARES, R.M. et al. Variabilidade patogênica do fungo Phakopsora pachyrhizi. Parte I – projeto ferrugem da soja JIRCAS/Embrapa Soja/ CRIA/ INTA/Tsukuba University. Londrina: Embrapa Soja, 2009. p.93-101. (Embrapa Soja. Documentos 315).
Commenti