Passamos na última safra por um El Niño forte, que acarretou chuvas intensas no início da safra de verão na região sul e no outono, característico deste evento.
Já no restante do país o início da safra sofreu com menores volumes de chuva, atrasando as semeaduras e levando a ressemeadura em algumas áreas. Com estabelecimento da safra difícil, após as chuvas retornarem no Brasil central, possibilitaram que as plantas se desenvolvessem e a colheita ocorreu, embora com produtividades menores as dos anos anteriores.
Para a próxima safra, 2024/25, os modelos indicam forte probabilidade de ocorrer La Niña (Figura 1 e 2).
Figura 1. Probabilidade de ocorrência do ENOS.
Fonte: INRI.
Figura 2. Probabilidade de ocorrência do ENOS.
Fonte: NOAA.
A La Niña promove chuvas acima da normal da região norte e nordeste e menores volumes na região sul (Figura 3). Já as regiões sudeste e centro-oeste não há um padrão claro quanto a precipitação (Figura 3).
Figura 3. Padrão de chuva associado ao fenômeno La Niña.
As condições de chuva descritas acima são condições médias da La Niña, mas para saber qual o impacto na sua área, é importante dispor de histórico de dados meteorológico. Dessa forma, a tomada de decisão se torna mais assertiva, podendo escolher baseado em dados qual a cultura, cultivar e manejo a ser adotado, é mais assertivo, aumentando assim o seu rendimento.
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